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sábado, 4 de maio de 2013

Fragmentos de uma Caminhada

Uma leve brisa toma as folhas das árvores e as lança ao chão. O sol se faz presente, embora pouco intenso.

Na rua, vendedores ambulantes conversam sobre um assunto qualquer. Alguns moradores próximos fazem caminhadas, por vezes acompanhados de seus cães. É horário de saída da escola, e você vê vários uniformizados espalhados pelas calçadas — uns andando, outros parados. 

Na avenida, agitada, os carros passam sem intervalo. Mas quase não fazem barulho no fim da tarde, acho que pela falta de trânsito.

Chego até a esquecer que estou na cidade em momentos assim. Juro que, se fechar os olhos e me concentrar um pouco, posso até fingir muito bem que estou deitado num campo imenso no meio do nada.

Um de cada vez, direito e esquerdo, meus pés se movimentam sem parar. Observar o mundo a minha volta não me faz perder o ritmo, muito menos tropeçar distraído.

Pessoas vão e vem de todos os lados. Um "Oi" e um "boa tarde!" se fazem presentes algumas vezes. Nada que mude ou atrase o percurso.

Dai vem aquela velha grade que cerca toda a faculdade. Sempre que chego aqui sei que estou perto de "parar".

Uma última olhada para trás, contemplando tudo Aquilo ao meu redor.

Passo pelo portão. É o fim do trajeto.


— Hugo Lima

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Escrito em resposta ao texto de Priscila Nicolielo: 
http://www.priscilanicolielo.com/2013/04/fragmentos-de-uma-caminhada.html#.UYSoKLXrzsM

— No que você repara quando caminha por ai? Escreva um texto contando. ;)