Páginas

segunda-feira, 11 de abril de 2016

É sempre a mesma vista, mas nunca com o mesmo olhar

Foto: Hugo Lima / Instagram: hugolima94


Segunda-feira, seis da manhã, o alarme do celular e a luz do sol invadindo o quarto anunciam o início da semana. Nas casas vizinhas, pessoas despertam de forma semelhante, mas esta é uma das poucas coisas que fazemos igual.

Banho, café, transporte público lotado e, claro, trânsito. Na chegada ao trabalho, há quem goste das reclamações matinais, já eu fico com o clássico "Bom dia!", afinal de contas é assim que ele se parece pra mim.

Daí vem a rotina, as cobranças. Pausa para o almoço. Mais um pouco de rotina. Nessa hora passa pela minha cabeça quantos desejam um pouco dessa rotina pra conseguir sustentar suas famílias. O ser humano é muito bom em ser ingrato e parece amar isso.

Passa das cinco da tarde, o por do sol ilumina as casas e escritórios, e alguns aproveitam para comentar - as vezes sozinhos, as vezes para outros - que é ótimo que o dia de trabalho tenha chego ao fim.

Transporte público lotado, cansaço... ah, e o tal do trânsito, claro! Em casa: outro banho, jantar, algum programa na teve e cama. Ufa, acabou!

[...]

O alarme pontual informa que são seis da manhã, agora de uma terça-feira.

Você levanta da cama, abre a janela e admira a beleza do céu azul junto ao sol. Toma um banho e um café, e está pronto para começar o dia.

No trajeto ao trabalho, um bom livro lhe distrai a ponto de você quase perder sua parada.

Escritório. "Bom dia!". Trabalho duro, dedicação, aquele merecido almoço incrível - independente do que esteja comendo - e mais um pouco de trabalho duro.

O por do sol invade o escritório e você sorri ao olhar pela janela, pois sabe que poderia ficar com Aquilo pra sempre sem o menor problema.

Em casa, a companhia da família e o merecido descanso. Boa noite, e até amanhã!

Segundas e Terças, de modo geral, são dias idênticos. É sempre a mesma vista, mas nunca com o mesmo olhar.

— Hugo Lima