Já era tarde naquele domingo chuvoso e, como de costume, teria uma segunda-feira longa. A consciência do fato, porém, não lhe era suficiente para trazer o sono.
Encontrava-se em um daqueles momentos de impasse: deitado em sua cama, a olhar para o teto escuro, pensava se deveria insistir na relação corturbada - para não dizer extinta - com a garota capaz de acelerar seu coração todos os dias ou seguir em frente.
Naquela noite fazia exatamente um ano desde o ultimo encontro dos dois, mas ele ainda sentia algo diferente toda vez que alguém perguntava sobre ela ou mencionava o nome aleatoriamente.
Desde os finais de semana assistido Netflix até as viagens de última hora. Desde o amor de conchinha até o sexo intenso. Desde a alegria nas risadas até o conforto do silencio. Era tudo saudades.
E com a mentalidade de quem já não tinha mais nada a perder (por vezes confundida com a coragem de bêbado) pegou o celular e enviou uma mensagem no meio da madrugada.
- Oi, já faz tanto tempo. Só queria saber como voce está.
Naquela noite não recebeu resposta, e passado algum tempo acabou pegando no sono. No dia seguinte, para surpresa dele mesmo e, talvez, até da garota, uma resposta:
- Também sinto sua falta.
O orgulho as vezes nos tira tantas possibilidades... Sorte para alguns nao conhecer esta palavra.
[...]
"Se você optar pelo orgulho, aprenda a lidar com a saudade."
...
— Hugo Lima
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