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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

"Me passa isso pela cabeça: acho que Orson Welles já falou sobre isso: A Itália sempre viveu guerras, peste-negra, pobreza, e o que saiu disso? Leonardo Da Vinci, Renascimento, Barroco... A Suíça sempre viveu tranquila e rica, e o que saiu? O relógio cuco.
Aí penso... transferindo em devidas proporções, vivemos a Ditadura! Violência, censura, repressão! Disso veio Chico Buarque, a Bossa nova, Raul Seixas. Atualmente vivemos uma aparente paz, liberdade de expressão, e temos o Mc Créu, o SuperPop, o horário eleitoral gratuito.
Aí penso... o artista vive do aplauso e da dor, certo?
As melhores músicas são de amor, e geralmente feitas por um cara que quer conquistar uma garota, mas tem as orelhas grandes de mais pra isso. É a ditadura particular dele, a peste-negra particular. O que me leva a pensar que o cara mais bonitão não teria o trabalho de aprender um instrumento, insistir em uma melodia e tacar uma pedra na janela da tal garota pra se declarar, ou lotar um teatro, um cinema ou fechar uma roda em sua volta, um uma rua qualquer. Isso já leva a outro porém... A arte tem um pé no "não dá pra fazer isso não, palhaço". É uma revolta interna consigo mesmo querendo se auto-provar que... sua auto estima é baixa, ou vice-versa. Aí, quando o tal palhaço atinge um tal objetivo, pode ser a tal garota, alguns trocados ou um cupom de 50% de desconto em um fast-food, não importa, o principal é provar pra si mesmo que... provar pro mundo que... provar pra quem nunca... Ah, na verdade é só pela garota..."

— Paul Domingos.

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